Eu admito que sou uma pessoa que gosta muito de animais. Simplesmente os adoro. E hoje, à tarde, aconteceu a pior situaçao que por eu alguma vez passei (está na lista das piores situaçoes!). O que aconteceu foi isto: Eu tinha chegada a casa, cansada, quando oiço um miar. Notava-se que era um gatinho bebé. Disse aos meus pais. Disseram-me “não deve ser nada de mais”. Já passado 15 minutos, continuava a ouvir aqueler miar. Tentei seguir o som a ver onde dava. Foi dar a um beco, mesmo ao lado da minha casa. Olhei para cima, olhei para todos os lados e continuava a ouvir aqueler miar! Quando de repente olho para baixo. Estava lá. Um gatinho. Era de o tamanho de um rato. Era branquinho, magrinho, e muito sujo, com uma manchinha preta na testa (que era mesmo do pêlo dele). Gritei pela minha mãe. Pedi-lhe a comida dos meus dois gatos. Tentei-lhe dar. Não comia. Era pequeno demais para ração. Precisava de leita, mas leite para gato. Tinha menos de 1 mês (isso notava-se). De repente olhei para ele, comecei a chorar. Não conseguia parar de chorar. Sabia que não podia ficar com ele, mas deixa-lo ali, nem pensar. Perguntei a minha mae se podiamos leva-lo para um abrigo de animais (ao qual se chama SPAD). Não gosto muito desse sitio porque ouvi dizer que maltratam os animais. Mas não tinha escolha. Não ia deixa-lo na rua. Perguntei a minha mãe se podia leva-lo a SPAD de carro. Ela disse “Agora não, deixa-o mais para onde as pessoas o podem ver, pode ser que alguem o queira”. Fiz o que a minha mãe disse. Mas não me fui embora. Sempre que olhava para ele apetecia-me chorar mais. Fui para casa buscar um lenço velho. Disse a minha mãe “Então vou a pé para lá”. Ela disse “Faz o que quiseres mas depois não nos ligues a pedir boleia!”. Então fiz-me a estrada. O gatinho não parava de miar, e eu de chorar. Estava na rua com ele embrulhado num lenço. Não me lembrava onde é que a SPAD ficava. Ia perguntando as pessoas “Desculpe, pode-me dizer onde fica a SPAD? (e continuava a derramar lagrimas!)”. As pessoas começavam a falar e nunca mais se calavam. E depois eu simplesmente dizia “Aponte-me com o dedo, daqui, onde fica por favor, é que estou com pressa”. As pessoas calavam-se e simplesmente apontavam. Só uma velhota é que começou a falar e disse-lhe o mesmo “Só quero que me indique, daqui, onde fica, se faz favor”. A velhota ficou ofendida. Começou a dizer “A menina não seja rude, está aqui uma idosa a fazer os esforço para lhe explicar onde fica a SPAD e a menina tem a lata de interromper.” Sei que o que disse depois foi um pouco cruel mas estava em panico e queria lá chegar o mais depressa possivel. Entao, disse à velhota : “ Olhe, já não preciso mais da sua ajuda! Eu simplesmente quero ir para a SPAD o mais rapido possivel, porque, tenho aqui um gato que precisa urgentemente de ir para lá, ENTENDEU?!”. Disse isto numa forma um pouco grosseira, mas estava cansada, e nunca mais chegava lá. Virei costas e segui em frente. A verdade é que passado um bocado, ele parou de miar. Pensei que estava a morrer. Fiquei assustada. A chorar ainda mais. Mas ele não estava a morrer, simplesmente estava a gostar do quentinho. Mas ele devia estar esfomeado. Consegui encontrar a SPAD. Continuava a “nadar” em lagrimas. Disse a recepcionista o que aconteceu. Ela disse para eu preencher uma ficha. Preenchi, e ainda tinha o gatinho ao colo. Quando acabei, ela chamou um medico. Disse-me que o gatinho estava muito maltratado. Mas prometeu-me cuidar dele. Fui-me embora. Continuava a chorar, a pensar nas imagens que tinha passado. Estava a espera do autocarro. E fiz uma promessa. Vou visitar o gato uma vez por semana. E será isso que farei. Apanhei o autocarro. Cheguei a casa. Os meus pais perguntaram o que é que tinha acontecido. Disse-lhes “Quando pedi para levar o gato a SPAD de carro, não se importaram, agora que estou aqui sem ele, já se importam!!”. E foi assim que passei a tarde, afogada em lagrimas.
Beijinhos
Amy...